Omnichannel: estratégia para o mercado imobiliário

O mercado imobiliário já é omnichannel. Mas será que faz corretamente? A maioria dos clientes passa por vários canais antes de comprar ou alugar um imóvel. Esse artigo dá dicas de como otimizar seu processo, da captação à venda, usando todos os meios disponíveis.
Omnichannel: estratégia para o mercado imobiliário

Com a evolução das plataformas digitais, os hábitos de consumo também mudaram. O cliente de hoje é mais conectado e informado. As empresas precisam se adaptar a essa nova realidade. Uma das mudanças que a transformação digital trouxe foi o omnichannel, que oferece uma melhor experiência dos clientes com a marca e ajuda a gerar mais vendas, mesmo quando há muitos concorrentes.

Já fizemos um artigo extenso sobre omnichannel. Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mas com foco no marketing imobiliário digital.

Comece a anotar as dicas, porque vamos explicar em detalhes como ele funciona e o que você deve fazer para adotá-lo na sua empresa.


O que é omnichannel?

Antes de mais nada, é importante esclarecer que o omnichannel não é uma ferramenta mágica que atrai clientes para o seu negócio, nem uma metodologia inovadora que substitui o planejamento de marketing. Estamos falando de uma estratégia que combina aspectos já existentes no marketing de uma empresa, criando novas possibilidades para o consumidor.

O próprio nome já dá uma pista do que está por trás do conceito: omnichannel significa, ao pé da letra, “todos os canais”.

A palavra é uma combinação de omni (termo em Latim que significa “de todos”) e channel (canal, em Inglês).

Sendo assim, a expressão remete à ideia de que há vários canais atuando numa mesma estratégia de marketing.

Omnichannel x Multicanal

Mas existe uma diferença entre a mera existência desses canais de marketing e a integração de todos eles. No primeiro caso, chamamos de multichannel (ou multicanal) uma jornada de compra que passa por mais de um ponto de contato com a marca, sem que haja, no entanto, uma ligação direta entre um canal e outro. 

Quer um exemplo? Se alguém vê um comercial de perfume na TV, procura pelo produto na Internet e depois visita a loja pessoalmente para efetuar a compra, podemos afirmar que esta pessoa interagiu com vários canais separadamente (experiência multichannel), mas não de forma integrada (omnichannel). 

A diferença é que, a cada canal utilizado, é como se esse consumidor tivesse um novo ponto de partida. Não existe uma evolução ou encadeamento entre o comercial na TV, a busca online e a loja física, pois cada um deles atuou independentemente na jornada de compra.

Assim, a experiência neste caso é multicanal, porque os pontos de contato com a marca aconteceram em canais diferentes, mas entre eles não houve nenhuma complementaridade ou troca de informações. Ao chegar na loja, esse cliente provavelmente teve de explicar para o vendedor o que procurava, ainda que já tivesse as informações do produto após ter procurado na Internet. O que o omnichannel faz é integrar esses pontos e tornar o processo mais fluido.

Como funciona uma experiência omnichannel?

Como falamos acima, em uma estratégia omnichannel o cliente tem vários pontos de contato com a marca, que trabalham integrados para garantir uma melhor experiência de compra. Vamos ilustrar isso de uma outra maneira.

Imagine que você está à procura de um novo colchão, mas precisa de um que ajude a aliviar suas dores nas costas.

  • Após uma busca na Internet, você encontra o blog de uma empresa de colchões e começa a se informar sobre os modelos disponíveis, suas funcionalidades e preços. 
  • Ao assinar a newsletter e seguir a marca nas redes sociais, alguns modelos começam a chamar sua atenção. Por ser uma linha premium, os colchões desta empresa têm um custo mais elevado do que o de seus concorrentes, então é preciso avaliar se a compra vale mesmo a pena. 
  • Com algumas opções em mente, você inicia uma conversa com um atendente pelo WhatsApp. Ele te orienta acerca do melhor custo-benefício e sugere que você faça uma visita agendada à loja física mais próxima (também indicada pelo atendente) para experimentar o colchão. 
  • Na loja, você é recebido por um vendedor que sabe seu nome e já separou os modelos de colchão que lhe interessam, além de opções de travesseiros que podem te ajudar com a dor nas costas.
  • A visita à loja é esclarecedora, mas ainda não foi o suficiente para decidir comprar o colchão naquele momento. O vendedor então te entrega um cartão com um código caso você decida fazer a compra no site. 
  • Dias depois, a marca te envia um e-mail avisando de uma super promoção online e você aproveita a oportunidade para fazer a compra no site com o código do vendedor, que te dá um desconto adicional e entrega grátis.

Perceba como o funcionamento harmonioso de todos os canais ativados —mecanismo de busca, blog, e-mail, redes sociais, aplicativo de mensagens, loja física e site da marca — foi determinante para que a venda fosse concretizada. Se alguma dessas etapas não tivesse sido encadeada com a anterior, provavelmente a jornada de compra tomaria mais tempo, o que também custaria mais à empresa.

O omnichannel já é uma realidade 

Não precisamos ficar só nos casos hipotéticos para apresentar o funcionamento do omnichannel. Temos ótimos exemplos reais que podem nos ensinar muito e trazer inspiração para o planejamento de marketing.

No Big Brother Brasil 20, as marcas patrocinadoras do reality show aproveitaram as inserções de merchandising para realizar ações integradas.

Empresas como Lojas Americanas e C&A criaram dinâmicas entre os participantes do programa, que eram exibidas na televisão junto a um QR Code ou site na tela.

Apontando a câmera do celular para a TV, o espectador poderia acessar os produtos mostrados no programa diretamente no site ou no aplicativo das empresas.

Finalmente, caso decidisse pela compra, o produto poderia ser entregue em casa ou retirado em uma das lojas físicas. Você se lembra do exemplo do perfume que citamos no início do texto?

Note que as etapas de interação com a marca daquele caso e as do espectador do BBB 20 são praticamente as mesmas — ver o produto na televisão, procurar na Internet e ir até a loja pessoalmente —, só que dessa vez, em um fluxo omnichannel. É esta comodidade que a integração dos canais promove: ao facilitar a vida do consumidor, a empresa também cria uma experiência de compra positiva e tem mais chances de fidelizar clientes.


Por que investir em omni channel?

Sem dúvidas, o principal atributo do omni channel é o seu caráter facilitador.

Ao estabelecer a comunicação entre as etapas, ele reproduz uma tendência que é a grande marca do nosso tempo: a integração.

Da Internet das Coisas (IoT)  à forma com que os sistemas operacionais da Apple e do Google buscam sincronizar todas as informações em dispositivos diferentes, o objetivo é sempre poupar tempo e propiciar uma experiência de navegação melhor. Empresas de sucesso investem nesta tendência porque entendem que uma das formas mais eficientes de gerar valor é descomplicando a vida das pessoas.

1. Conveniência para o cliente

Quanto mais conveniente a sua estratégia omnichannel for, mais satisfeito seu cliente estará, pois isso significa que ele não terá que repetir informações a cada mudança de canal. 

No caso das imobiliárias e incorporadoras, os canais usados para atração e geração de leads devem concentrar os dados dos clientes da pré-venda até a concretização do negócio. Se um possível comprador já preencheu um formulário no site com suas informações de contato e o tipo de imóvel que procura, não faz sentido que ele chegue ao estande de vendas e tenha que responder às mesmas perguntas feitas no começo da jornada de compra. 

Seria o equivalente a ter vários vendedores lidando com o cliente pela primeira vez, um após o outro, sem que eles conversassem entre si para eliminar etapas desnecessárias. É evidente que situações assim só irritam o cliente e o tornam menos disposto a fechar negócio. Por outro lado, se o processo de compra tem a fluidez do omnichannel, basta que este lead seja identificado em um único momento e tenha sua jornada facilitada por canais que se “lembram” dele.


2. Menos custos para a empresa

Em vendas complexas como a de imóveis, o custo de aquisição de clientes costuma ser mais elevado. Por mais que o setor imobiliário tenha um ticket médio alto — estamos falando de transações que podem chegar a milhões de reais —, nem sempre o retorno sobre o investimento (ROI) é o esperado pela empresa. 

Um dos gargalos na alocação de recursos de marketing é não conhecer bem os canais que a marca utiliza. Sem uma visão holística de como cada canal funciona, fica difícil pensar em uma integração no omnichannel e a verba acaba sendo mal distribuída. Para combater este problema, empresas do setor imobiliário devem levar em conta as plataformas digitais como grandes aliadas nas vendas. 

Ferramentas como a automação de marketing podem baratear consideravelmente o custo de aquisição de clientes, além de captar leads melhores do que os obtidos em portais imobiliários, que costumam ter uma qualidade bastante inferior (menor taxa de conversão de leads em oportunidades). Saber quais plataformas usar em cada fase do funil de vendas torna o orçamento de marketing mais eficaz.

Contudo, não adianta a imobiliária investir boa parte de sua verba de marketing em captação de leads se eles não recebem a devida atenção quando migram de um canal para outro (ex:. das redes sociais para visita ao ponto de vendas). 

O alinhamento entre vendas e marketing é o que garante que o omnichannel não perderá sua potência à medida em que o indivíduo avança em direção à compra. Embora estes dois setores trabalhem de forma independente em boa parte das empresas, a experiência do cliente depende de que os canais de ambos os departamentos sejam interligados. 

Em outras palavras, não faz diferença para o cliente saber se é o Marketing que posta nas redes sociais ou se é o time de Vendas que atende o telefone. Na prática, os dois setores devem estar afinados, para que ele sinta o mesmo padrão de atendimento em todos os canais. 

Na visão do usuário, todos os pontos de contato fazem parte de uma mesma sequência, a chamada jornada do cliente. Quando Marketing e Vendas se unem em um fluxo omnichannel, o resultado é um esforço menor para a realização da venda e uma economia expressiva para a empresa.

3. Maior retenção de clientes

Os dados são surpreendentes: uma pesquisa feita pela Invesp revelou:

Empresas que utilizam omnichannel têm uma taxa de retenção de clientes de 89%, versus os 33% de retenção das empresas que não investem na integração dos canais.

Sabemos que o custo de aquisição de um novo cliente pode ser até cinco vezes maior do que o valor investido para fidelizar um cliente antigo. Se a integração dos canais é capaz de eliminar gastos no funil de vendas, como citado no tópico anterior, o impacto na retenção de clientes também é uma de suas vantagens. Além disso, um cliente satisfeito se torna um promotor da marca, contribuindo para a aquisição de novos clientes através do marketing boca a boca. 

No setor imobiliário, a indicação de uma empresa por amigos ou conhecidos tem um peso significativo na escolha dos possíveis compradores. Com tantas imobiliárias e incorporadoras no mercado, o cliente tende a optar por aquela que mais lhe inspira confiança. A impressão que as pessoas têm da marca é um ponto central de toda estratégia de marketing, mas o boca a boca é um “empurrãozinho” muito bem vindo quando falamos da reputação das imobiliárias. 

Para ter clientes que promovem a empresa espontaneamente e atraem outros compradores, o segredo é um só: proporcionar uma experiência de compra memorável e proveitosa. Aliás, falar de experiência do cliente é indispensável no omnichannel, razão pela qual frisamos esse aspecto o tempo todo ao longo do texto. Uma boa experiência é aquela cuja jornada de compra resulta em satisfação para o cliente, algo que trataremos também no próximo tópico.

4. Ajuda na venda física

Ainda segundo a Invesp:

72% das pessoas que compram online consideram a experiência na loja física o canal mais importante quando fazem uma compra

No mercado brasileiro, há duas empresas que chamam a atenção quando falamos de integrar a experiência da loja aos demais canais da marca.

A primeira delas é a Leitura, rede de livrarias com alcance nacional e que investe pesado em tornar o ambiente das lojas atrativo e agradável para os compradores. Cerca de 70% dos clientes da Leitura entra nas lojas sem ter ideia do que comprar, apenas porque são atraídos pelo espaço. O tempo médio de um passeio nas lojas físicas é de 30 a 60 minutos, o que faz com que a visita seja percebida como um momento de lazer.

Com o crescimento das vendas de livros na Internet, a Leitura parecia estar na contramão de empresas como a Saraiva e a Amazon. Ao contrário das concorrentes, a marca optou por não atuar no e-commerce e focar nas lojas físicas. Durante anos, a rede se manteve distante das vendas online, retomando o canal apenas em 2019.

Mesmo com o crescimento das vendas de livros na Internet nos últimos anos, o maior canal de vendas da Leitura continua sendo offline: 89,5% dos produtos são vendidos nas lojas físicas. O curioso é que muitas dessas vendas começam com uma busca no e-commerce da Leitura e terminam nas lojas. A estratégia da rede foi fortalecer os negócios internamente antes de adentrar no digital, o que resultou em uma vantagem competitiva diante de outras empresas do setor, prejudicadas pela briga de preços no ambiente virtual.

Atualmente, a Leitura oferece aos clientes a opção de comprar pela Internet e retirar o livro em uma loja física, uma combinação muito usada no omnichannel. Optando pela retirada, o comprador não precisa pagar o frete e a empresa dispensa a necessidade de um trabalho maior de logística e transporte. Outra vantagem é que a visita à loja física para buscar o produto pode render novas compras, já que o cliente estará presencialmente no ponto de venda. 

5. Novas experiências para a jornada omnichannel

O segundo exemplo de empresa que se destaca na experiência da loja física é a Amaro, e-commerce multimarcas de roupas e acessórios femininos. Embora seu modelo de negócios seja baseado no mundo digital — as compras são feitas pelo site e/ou aplicativo e enviadas diretamente para os clientes —, a marca enxergou a oportunidade de criar um outro ponto de contato: as Guide Shops, espaços físicos em que os clientes podem experimentar as roupas, avaliar a qualidade dos produtos e receber atendimento dos chamados Guide Shop Influencers. Também é possível fazer retirada de compras e devolução de produtos (são 15 lojas em 5 estados).

O que a Amaro fez nada mais é do que reconhecer a importância da loja conceito, ideia que explicamos em outro artigo do blog. A possibilidade de ver os produtos de perto resolve a insegurança de muitas pessoas em relação à qualidade e características (como tamanho, material, cor, detalhes etc.) das peças à venda online. 

Por outro lado, a loja também pode ser o primeiro contato de um cliente com a marca. A maioria delas está localizada em shopping centers, onde há grande movimentação de pessoas interessadas em fazer compras. A descoberta da Guide Shop é seguida pela experiência na loja, pelo atendimento personalizado com especialistas e por um processo de compras distinto do varejo tradicional: ao invés de sair da loja com os produtos, o cliente da Amaro recebe em casa (ou onde quiser) as peças selecionadas na loja física.

O investimento da Amaro em omnichannel é aplicado principalmente nas plataformas digitais, devido ao caráter virtual da loja. Para direcionar os leads para o e-commerce, a empresa utiliza bastante as redes sociais — como o Instagram, onde faz parcerias com criadores de conteúdo para promover a marca —, o e-mail marketing e o aplicativo próprio da Amaro. 

Esse novo jeito de pensar o varejo produz diferenciação entre a marca e seus concorrentes, além de proporcionar experiências de compra cada vez melhores para os clientes. Os resultados condizem com a atuação orquestrada dos canais: 92% dos clientes comprariam novamente, segundo informações da marca. 

Além do lucro alcançado, empresas como a Amaro têm observado outra métrica importante: o retorno sobre a experiência. Pensar no ROX traz insights valiosos para a estratégia omnichannel de qualquer organização.


Omnichannel no mercado imobiliário

As imobiliárias e incorporadoras estão entre os negócios que mais podem se beneficiar de uma estratégia omnichannel. Isso porque este mercado é tradicionalmente ligado à criação de experiências para os clientes. 

Um dos pontos críticos de uma visita a um imóvel, por exemplo, é a sensação despertada pelo ambiente. Cheiros, texturas, sons e elementos visuais se unem para garantir que a apresentação do empreendimento imobiliário seja capaz de mexer com os sentidos do comprador e abrir o caminho para a venda. E se a experiência do showroom consegue impressionar os visitantes, por que não investir também nos outros canais?

Quem não é visto, não é lembrado

O ditado acima resume bem o que acontece quando uma empresa não investe em ações de topo de funil. A etapa de descoberta, também chamada de pré-venda, é quando o indivíduo toma conhecimento do que a empresa oferece, e então ocorre a primeira qualificação do cliente.

Boa parte das primeiras interações do cliente com a marca (ou seja, a “entrada” no fluxo omnichannel) se passa no meio digital. No setor imobiliário, o momento de descoberta costuma acontecer através de buscas na Internet, que conduzem o usuário ao site e/ou blog da empresa. No entanto, há outras formas de prospectar clientes e despertar interesse no seu produto ou serviço.

Os anúncios online também são uma excelente forma de apresentar um empreendimento imobiliário, podendo ser direcionados e segmentados para perfis específicos de acordo com o objetivo da venda. Os algoritmos do Google e das redes sociais ajudam a identificar quais são os hábitos de consumo e características de cada usuário. Embora essa base de dados não seja disponibilizada na íntegra para os anunciantes, as empresas e agências de publicidade podem apostar nessas informações para anunciar de maneira inteligente.

Seguindo o fluxo

Se você pretende aplicar uma estratégia omnichannel na sua imobiliária ou incorporadora, saiba que o jeito mais vantajoso de fazer isso é associando os canais em um fluxo de inbound marketing.

O uso do inbound marketing no setor imobiliário representa uma redução de custos em relação ao investimento nas mídias tradicionais (offline) e traz resultados mensuráveis em todos os níveis. Com ele, a empresa pode integrar canais como site, blog, e-mail, landing page e redes sociais para a geração e qualificação de leads. Não é à toa que essa estratégia também é conhecida como marketing de atração, pois o foco das ações inbound está nas etapas mais superficiais do funil de vendas.

Hora de produzir conteúdo

As ferramentas de marketing digital podem descomplicar e muito a vida de quem deseja adotar o omnichannel — especialmente pelas possibilidades de automação de marketing —, mas é preciso considerar o esforço de produzir o conteúdo que será distribuído nos canais. Fotos, vídeos, artigos, posts para redes sociais, e-books, newsletters… Tudo isso entra na estratégia de marketing de conteúdo, que por sua vez está inserida no fluxo de inbound. Hoje em dia é imprescindível que empresas de todas as áreas tenham uma sólida presença online.

Apesar de quase sempre associarmos o marketing de conteúdo com as plataformas digitais, a ideia de conquistar o cliente por meio de conteúdos valiosos existe desde antes do surgimento da Internet. Em 1895, a empresa norte-americana John Deere criou a revista “The Furrow”, cujos temas principais eram relacionados à agricultura. Assim, o público da revista era o mesmo dos clientes da John Deere, que até hoje atua no mercado de maquinário agrícola. 

No Brasil, alguns dos exemplos mais icônicos de marketing de conteúdo offline são o Guia Quatro Rodas e os livros de receitas de marcas como a Nestlé. Nenhum desses materiais vendia o produto explicitamente, mas todos buscavam estabelecer um relacionamento com o consumidor, proporcionando informações de seu interesse. Essa experiência positiva com a marca é o que torna alguém mais propenso a se tornar um cliente, e o marketing de conteúdo reconhece a importância disso. 

No setor imobiliário, uma possibilidade de marketing de conteúdo offline são as revistas especializadas em arquitetura e design de interiores, além dos catálogos regionais e dos guias de investimentos. Já que tocamos no assunto do offline, fique atento ao próximo tópico.

O encantamento presencial

No livro Marketing 4.0, o autor Philip Kotler descreve o encantamento do cliente como o “momento UAU”, em que a satisfação com a marca é tão surpreendentemente positiva que a interação se converte em experiência e o consumidor se torna um defensor engajado da empresa.  

O que faz com que esses momentos se concretizem? Alguns poderiam dizer que o cliente é surpreendido quando tem baixas expectativas sobre algo, mas sabemos que, no mercado imobiliário, esse raramente é o caso. Ainda assim, é possível entregar mais do que o cliente espera, sem ter que revolucionar o produto ou serviço prestado. A chave aqui é a experiência do cliente, algo que tem sido pontuado ao longo deste artigo. 

Se a magia das vendas imobiliárias acontece no PDV, podemos dizer que a apresentação do empreendimento é a varinha mágica. Se a impressão causada for ruim, a venda vai por água abaixo. Uma estratégia omnichannel bem executada faz com que o lead chegue mais preparado ao estande de vendas, pois ele já teve contato com a marca em outros canais e está em uma jornada contínua de aprendizado sobre o produto.

O futuro é interativo

Algumas práticas como o uso de banners, material gráfico e distribuição de brindes e são comuns em lançamentos imobiliários, porém há outros recursos que podem ajudar no encantamento do cliente. O principal deles são as telas interativas, uma ferramenta moderna e atraente que reúne as informações do empreendimento e facilita a visualização de imagens, vídeos, mapas e plantas baixas.

Com uma tela multitoque à disposição, o vendedor pode conduzir o cliente em uma tour virtual pelo imóvel e apresentar alternativas no catálogo da empresa. Por ser touchscreen, a navegação nas telas interativas é intuitiva e pode ser feita com ou sem o acompanhamento de um vendedor — é o caso dos totens de autoatendimento

Showcase Imóveis é uma solução adotada por construtoras e incorporadoras de todo o Brasil, graças ao seu papel no fluxo omnichannel como um dos pontos de interação mais versáteis que uma marca pode empregar. Aliado a um showroom impecável e vendedores preparados, o catálogo interativo é um canal que surpreende os clientes e cria experiências positivas com a marca.

Novos sentidos na descoberta

Assim como no caso da Amaro, que atrai muitos clientes para os canais virtuais através de suas lojas físicas, no setor imobiliário o fluxo também pode se “inverter”, isto é, começar no meio presencial e partir para o online na sequência. A vantagem é que o omnichannel prepara a empresa para diversas possibilidades de contato com a marca, então este novo sentido não é uma inversão propriamente dita, e sim um outro caminho que o cliente pode fazer.

Em feirões de imóveis, por exemplo, boa parte dos visitantes ainda não conhece a empresa ou não interagiu com ela em nenhum outro canal. O ponto de venda é, então, a primeira oportunidade que a imobiliária tem de se conectar com o possível comprador, dando início a uma nova jornada que passará por outros canais. Ao sair do local, este cliente poderá buscar mais informações online, se inscrever na newsletter, ler os artigos do blog e até ser atendido por um corretor via WhatsApp antes de retornar ao espaço físico, que é onde a maioria das vendas imobiliárias é fechada. 

As estratégias de marketing no setor imobiliário via de regra são orientadas para que a conversão aconteça de forma presencial, isto é, para que a visita do cliente ao estande coincida com o momento em que ele se encontra no fundo do funil de vendas. O que o omnichannel faz é expandir o universo de jornadas e garantir que qualquer ordem de interação com os canais seja fácil e intuitiva, sem prejuízos ao sentido da venda. Lembre-se: a jornada do cliente nem sempre é linear; um mesmo indivíduo pode acessar um canal várias vezes antes de decidir pela compra.

Atendimento remoto no omnichannel

Além de integrar os canais já utilizados pela sua empresa, considere a adição de novos canais ao fluxo omnichannel. Para quem trabalha em home office, a apresentação de imóveis por videochamada é uma solução eficaz quando há algum impedimento para a venda física. Com a plataforma da Aqua, tanto os clientes quanto os corretores podem ter a experiência do estande de vendas em casa.

Conclusão 

Empresas que usam omnichannel estão em vantagem competitiva mesmo quando se trata de vendas complexas, pois a integração dos canais reduz os custos de marketing e favorece uma experiência de compra positiva para o consumidor. Já as empresas que não integram seus canais tem uma queda de até 10% em sua receita

No omnichannel, é mais fácil navegar pelos canais e chegar ao fundo do funil de vendas. Mesmo que a maioria dos pontos de contato com a marca sejam no ambiente digital, o omnichannel também contribui para a venda física, o que é importante para as empresas do ramo imobiliário. 

Os clientes cuja jornada envolve a interação com canais integrados também têm índices de retenção mais altos e são mais inclinados a divulgar a marca através do boca a boca e da indicação para amigos e conhecidos.

Para incorporar o fluxo omnichannel à sua estratégia de marketing imobiliário, as empresas do setor devem seguir os passos propostos por Kotler no livro Marketing 4.0:

  • Mapear todos os possíveis pontos de contato e canais ao longo da jornada do consumidor (online e offline), analisando quais são os canais de comunicação/distribuição de conteúdo e quais são os canais de vendas. Nessa etapa, o marketing deve decidir se vale a pena manter todos os pontos já existentes e/ou incluir novos;
  • Identificar os canais mais importantes e focar no desempenho deles. No exemplo da Leitura, a loja física é o maior canal de vendas, por isso recebe mais atenção do setor de marketing do que o e-commerce;
  • Melhorar e integrar todos os canais, o que significa ter equipes de diferentes departamentos trabalhando juntas (ex:. Marketing e Vendas). Nesse aspecto, é preciso ter um cuidado especial com a transição entre canais online e offline.

Agora que você já sabe como implementar uma estratégia omnichannel, aproveite as soluções da Aqua para surpreender seus clientes e ter vários momentos “UAU!” com nossas telas interativas. Clique aqui para saber mais.

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