8 Museus que usam inovação para surpreender, informar e encantar

Você sabe como a tecnologia pode melhorar a experiência dos visitantes no museu? Conheça 8 exemplos de que a inovação pode surpreender.
8 Museus que usam inovação para surpreender, informar e encantar

A tecnologia é uma ferramenta que revoluciona todas as áreas da sociedade, e na museologia isso não é diferente. Com ela, é possível imergir o visitante nas exposições e oferecer uma experiência encantadora e inesquecível.

Pensando nisso, você conhece algum museu que usa a tecnologia para surpreender os seus visitantes? Entender os diferenciais deles é importante para se inspirar e trazer inovação para as suas exposições e, assim, atrair cada vez mais público.

Por esse motivo, você não pode deixar de acompanhar este post. Nele, será possível aprender mais sobre 8 museus que usam inovação e tecnologia para encantar seus visitantes.

A transformação dos museus

Inicialmente, é interessante entender a transformação desses ambientes no que se refere ao seu papel na sociedade. A princípio, na Grécia antiga, esses espaços eram voltados para a contemplação e o estudo.

Com a evolução da sociedade, eles passaram a ser reconhecidos como um lugar para preservar a cultura e a ciência. Entretanto, a partir da ampliação do acesso a esses elementos em outros locais, o museu perdeu essa função principal, adquirindo novas funcionalidades.

Atualmente, os museus são vistos como locais de experiências — e não somente de passeio e observação. Desse modo, em vez de apenas observar as obras, o visitante pode interagir com elas, obtendo uma vivência que potencializa o seu aprendizado sobre o tema abordado.

A tecnologia como aliada da cultura e da ciência

Para criar experiências diferenciadas nos museus, são utilizadas as mais variadas tecnologias, especialmente as digitais. Isso porque, por meio dos equipamentos adequados, é possível prender o visitante em uma narrativa — inclusive fazendo com que ele se sinta imerso na obra.

Por meio de telas sensíveis ao toque, por exemplo, o público pode não só visualizar conteúdos, como também observar peças digitais em 3D. Assim, em vez de apenas ver um objeto de ângulos limitados, o visitante pode explorá-lo e conhecer cada detalhe dele, enquanto o item se mantém protegido dos toques.

Há também os tours virtuais: visitas online que permitem ao público acessar museus do mundo a partir de um dispositivo conectado à internet. Elas possibilitam, ainda, visualizar e conhecer histórias de acervos e exposições sem a necessidade de um guia — tudo é feito apenas com telas.

Além disso, por meio da tecnologia 3D, as telas podem demonstrar objetos em sua forma original, o que é especialmente interessante para peças já desgastadas com o tempo. Desse modo, o museu aproxima o visitante da história, proporcionando uma experiência mais completa.

8 Exemplos de museus que utilizam tecnologia

Você acabou de ver como a tecnologia é uma aliada de museus e exposições. Agora, é o momento de descobrir como as instituições aplicam as inovações para mudar a experiência dos visitantes e transformar esses espaços.

A seguir, confira 8 exemplos de museus que utilizam tecnologia para encantar o seu público.

1. Museu do Amanhã 

Inaugurado em 17 de dezembro de 2015, o Museu do Amanhã está localizado no Píer Mauá, no centro da capital do Rio de Janeiro. Ele é reconhecido internacionalmente pela integração entre o acervo museológico e as tecnologias digitais.

Dessa maneira, a maioria das exposições apresenta tecnologia digital com objetivo não só de ilustrar, mas também de interagir. Para isso, são utilizados jogos, sons, vídeos, instalações, estruturas interativas e outras inovações para gerar uma conexão entre os visitantes e os temas abordados.

O uso desses recursos provoca reflexões sobre um futuro mais sustentável e social, além de oferecer uma experiência mais completa e personalizada. Como exemplo do uso da tecnologia nas exposições, é possível citar a apresentação Amazônia, de Sebastião Salgado.

Nela, há vídeos e trilha sonora ambiente para trazer o público de forma sensorial para a região explorada na exposição. Assim, o visitante pode se sentir dentro da Amazônia, tendo uma vivência mais real do que se apenas visualizasse imagens.

2. Museu da Ciência NEMO 

O NEMO foi inaugurado em 1997 e está localizado em Amsterdã, na Holanda, sendo o mais importante centro de ciências do país. O seu prédio, desenhado pelo arquiteto Renzo Piano, tem formato de um navio, passando a impressão de estar navegando sobre o mar.

Ao lado da estrutura, há uma réplica de um barco da Companhia das Índias Orientais, de nome Amsterdam. Ele também aceita visitantes, que podem entender como era a vida dos marinheiros que viviam e trabalhavam no local.

Como o NEMO é um museu interativo, ele oferece uma forma dinâmica de aprender sobre ciência e tecnologia. O espaço estimula os sentidos do público com sons, oficinas, filmes, exibições e experiências imersivas. Até mesmo as exposições voltadas para crianças atraem e divertem pessoas de todas as idades.

3. Museu da Língua Portuguesa

O Museu da Língua Portuguesa fica na cidade de São Paulo e foi inaugurado em 2006. Porém, após um incêndio em 2015, ele foi reaberto ao público somente em 2021. 

O objetivo do local é valorizar a diversidade da língua portuguesa por meio de ferramentas digitais que promovem interação com os visitantes. Desse modo, são utilizados dispositivos interativos, sons, telas de tamanhos variados, lentes e projetores para apresentar os conteúdos.

Com isso, o museu consegue demonstrar a língua portuguesa viva, recriando o universo imaterial do idioma. Entre as atrações de destaque estão:

  • o poema de Gregório Mattos em versão de rap;
  • as palavras-cruzadas interativas;
  • o audiovisual imersivo da Praça da Língua.

Além disso, o museu conta com um centro de referência com todo o acervo em formato digital. Ele também lançou os seus objetos digitais de aprendizagem, que são disponibilizados gratuitamente para professores e estudantes.

4. Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ) está situado no centro da cidade do Rio de Janeiro, e faz parte de uma rede de espaços culturais mantida pelo Banco do Brasil. 

O seu prédio foi projetado pelo arquiteto Francisco Joaquim Béthencourt da Silva, fundador da Sociedade Propagadora das Belas-Artes e do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.

A edificação foi inaugurada em 1906, mas somente em 12 de outubro de 1989 ela passou a sediar o centro cultural. Antes disso, o prédio foi sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro e de uma agência do Banco do Brasil.

No que se refere às exposições, o museu já apresentou mais de 2 mil projetos de cinema, teatro, dança, música e artes visuais. Ele é considerado um dos museus de arte mais visitados do mundo.

Ademais, o museu traz projetos no seu Espaço Conceito Banco do Brasil, que combina o atendimento bancário com ambientes de interação, programação cultural e informação. Desse modo, é possível assistir palestras, pocket shows e oficinas que falam sobre tecnologia, inovação e empreendedorismo.

5. Museu Alemão de Tecnologia 

O Museu Alemão de Tecnologia iniciou suas atividades em 1982 e fica na cidade de Berlim, na Alemanha. Ele é um dos museus mais visitados da cidade e um dos mais renomados do mundo, quando o assunto é tecnologia.

Esse local conta com um grande acervo de coleções científicas e técnicas. Ele apresenta exposições com temas como navegação, aviação, química, farmacêutica, cinema, fotografia, telecomunicações, engenharia de energia etc.

Ao longo da exposição, é possível interagir com as obras — como o simulador de navegação que permite ao visitante ser capitão e guiar o navio até o porto de Hamburgo. A instituição ainda abriga um Centro Científico, o Museu do Açúcar e um parque com moinho de água, moinho de vento e uma cervejaria artesanal.

6. Spyscape 

O Spyscape Museu da Espionagem é situado em Nova York, nos Estados Unidos, em um prédio com arquitetura moderna. Inaugurado em 2018, ele tem o objetivo de demonstrar ao público as facetas da espionagem.

A interatividade do local começa já no elevador, onde um vídeo com instruções para uma missão é exibido. Além disso, cada visitante recebe uma pulseira que salva as informações das tarefas concluídas.

O museu é dividido em 7 seções. Em cada uma delas o visitante pode observar e aprender uma característica diferente da espionagem (como fraude, guerras cibernéticas e serviços de inteligência). Então o público pode cumprir as atividades relacionadas à seção.

Por exemplo, há uma área chamada Surveillance, que quer dizer vigilância em português. Nela, é possível localizar pessoas nas câmeras de segurança, testando sua habilidade. Já na Deception, que significa fraude, o visitante pode assistir a interrogações, a fim de decidir se os suspeitos estão mentindo sobre o caso.

Ao final da missão, o visitante descobre o tipo de espião que pode se tornar, como um profissional de operações técnicas ou localizador de outros espiões. Dessa maneira, o Spyscape oferece uma experiência imersiva ao seu público utilizando a tecnologia.

7. Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS 

O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS está localizado na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, junto à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Sul (PUCRS). Ele foi inaugurado em dezembro de 1998, com objetivo de ser um museu interativo de ciências naturais.

O local propõe atividades sobre o meio ambiente, a humanidade, a terra e o universo, contando com mais de 700 experimentos interativos. Como resultado, o visitante pode participar das experiências para entender como chegar ao resultado do conhecimento científico.

Para exemplificar o seu funcionamento, é válido citar a exposição que aborda as mudanças climáticas por meio de experiências interativas. Nela, o público pode refletir sobre a crise climática, construindo o seu raciocínio crítico sobre o aquecimento global e as mudanças do clima.

Outra exposição interessante é a que retrata a evolução na Terra, demonstrando as alterações oriundas da seleção natural. Para isso, há uma sequência de telas que mostram o progresso do aquecimento global.

8. Museu da Ciência de Londres

O Museu da Ciência de Londres foi criado em 1857, fazendo parte de outro museu, o South Kensington Museum. Contudo, em 1858 eles se separaram — e, desde 1928, o Museu da Ciência de Londres está situado em South Kensington, onde abriga e expõe mais de 300.000 artefatos de ciência, tecnologia, medicina e indústria.

Ao visitar o espaço, é possível encontrar setores que explicam sobre a informática, evolução da medicina, avanço das telecomunicações e histórias das viagens espaciais. Os visitantes também podem observar carros, motores, aviões e outras invenções que marcaram a história. 

Ademais, o público pode experimentar atividades interativas para entender como funcionam os itens e objetos expostos. Com isso, o museu oferece uma experiência marcante aos seus visitantes, o que faz com que ele seja um dos mais visitados do país.

Como aplicar tecnologia em exposições e museus?

Ao longo do conteúdo, você pôde entender como a tecnologia pode proporcionar uma experiência inovadora e surpreendente aos seus visitantes. Consequentemente, essas instituições podem chamar a atenção do público e receber cada vez mais pessoas.

Por essa razão, você pode ter curiosidade em saber como aplicar a tecnologia em museus e exposições. Na prática, existem diversos recursos e dispositivos capazes de promover a interação do museu com o público.

Uma solução eficaz e que não demanda muitos recursos são as telas interativas, que contam histórias e oferecem conteúdos aos visitantes. Com a Aqua Tecnologia, por exemplo, você tem diversas funcionalidades tanto para a instituição quanto para o público, como: 

  • gerenciamento online dos catálogos e apresentações interativas;
  • apresentações variadas, com conteúdos e layouts diferenciados;
  • navegabilidade por meio de aplicativos que permitem ao público interagir com as apresentações;
  • variedade de formatos de mídia, como infográficos, vídeos, mapas, tour virtual, website etc.;
  • compartilhamento de conteúdo por e-mail, que permite o visitante enviar as informações da exposição para o seu e-mail e continuar seu aprendizado em qualquer lugar;
  • recursos especiais, como organogramas interativos e linhas do tempo.

Conclusão 

Neste post, você acompanhou de que forma a tecnologia pode ser usada em um museu e conheceu 8 exemplos de locais que oferecem uma experiência inovadora e completa aos seus visitantes. Agora, é possível analisar essas inovações e avaliar quais soluções podem ser interessantes para aprimorar a qualidade da sua exposição.

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